Quando voltei na sexta-feira foi difícil meter os pés em terra... Aliás, por momentos pensei que isso nunca mais iria acontecer...
O voo estava atrasado cerca de duas horas...
Depois tinha uns cromos na fila que eram só para embarcar no próximo voo e estavam ali a empatar. Será que não sabem ler!?!
Depois um dos hospedeiros não falava nada bem inglês, português e começou a pedir desculpas por isso em espanhol... A seguir vieram as piadas dele, as palmas e os risos das pessoas ... E eu a pensar cá para mim:"Isto está mesmo a acontecer?".
Quase a chegar a Lisboa o avião começa a descer a pique... Aquela sensação horrível... Os hospedeiros a baloiçar de um lado para o outros... Algumas pessoas a gritar... Olhei para o vizinho do lado e vi que estava claramente preocupado como eu.
Depois o avião dá outra guinada e começa a subir a pique... Novamente aquela sensação estranha, má disposição, estômago colado...
O que mais queria naquele momento era pisar o chão, ir para Torres para estar com os meus pais e com o meu irmão (e assim foi)...
Saí do avião, liguei ao meu pai para lhe dizer que ia apanhar o primeiro comboio para casa (que se lixassem as aulas, eu queria era ir para casa).
Foi um grande susto, sentir por momentos que tudo nos está a escapar pelas mãos. A impotência de não conseguir fazer nada... O meu pensamento foi imediatamente para os meus pais, irmão, amigos,... E pensar:"Merda devia ter-lhes dito mais uma vez o quanto significam para mim, para que nunca se esqueçam disso".
Bem, quando ia a sair do avião ouvi as hospedeiras utilizarem as palavras: "foi muito estranho, nunca tinha acontecido".
Sem dúvida que vou continuar a gostar de viajar mais na TAP, porque me sinto mais segura e porque lá nunca tive nenhum voo assim. Só pra não falar no comodismo, comidinha, simpatia...
Nos próximos voos vou voltar à parte lamechice (preparem-se caros amigos e amigas).
E pronto... Parece que ainda continuo deste lado (ufa).
Tão cedo não quero aviões...!
MaR